O que vem de onde ninguém imagina
E toma no susto nosso pensamento
Nos deixa no escuro, na surdina
Do não saber, do desentendimento
O que na clareira do que será
Nos tira o passo e o pisar
Mas não nos arranca o poder
De cem mil pegadas deixar
Na alma de quem seja
Que não se atreva a doer
Ele vem em flanco forte
No coração nos arrepender
De ter deixado-o entrar
E sem poder por muito ali morar
Lembrando-nos hoje e sempre
Que não é a mentira em mente
Nem é a mesma que esconde
Um sorriso de fraca força
Que nos olhos há por onde
Revelar tanta tristeza
Os erros de mim mesmo
Em tão humilde clareza
Uma alma tão sozinha
Que ninguém sabe de onde sai
Como uma pergunta em surda dor
E o coração, como vai?
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